Measuring the tew antitrust revolution

Resumo

Por mais de quatro décadas, os princípios antitruste da Escola de Chicago - centrados no bem-estar do consumidor e na suposta eficiência do comportamento do mercado - dominaram a política antitruste dos EUA. Recentemente, houve um movimento crescente em direção a uma nova revolução antitruste inspirada pelos ideais neobrandeisianos. Essa abordagem emergente defende a inclusão de objetivos adicionais, incluindo a promoção da democracia, direitos trabalhistas e a proteção de pequenas empresas, juntamente com uma aplicação mais assertiva contra práticas anticompetitivas. Neste artigo, utilizo o processamento
de linguagem natural para analisar a evolução das crenças e atitudes das agências antitruste americanas - a Federal Trade Commission e o Departamento de Justiça (DOJ) - ao longo do tempo. Os resultados revelam uma mudança gradual dessas agências de abordagens típicas da Escola de Chicago para o pensamento neobrandeisiano. No entanto, conforme demonstrado por meio de um modelo espacial de economia política de interação estratégica, as agências antitruste não tem como realizar essa nova revolução de maneira unilateral. Avalio, portanto, as crenças de outros atores-chave em antitrust que também influem na mudança de abordagem: o presidente, comitês do Congresso, a Suprema Corte e grupos de lobby empresarial. Embora alguns desses atores tenham começado a adotar perspectivas neobrandeisianas, outros não o fizeram, indicando que a transição completa para uma política antitruste neobrandeisiana pode depender da possibilidade de alterar ou superar essas crenças resistentes.