Uma breve história da economia política da defesa da concorrência

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Claudio Monteiro Considera

Resumen

Concorrência e estabilidade de preços são duas faces de uma mesma moeda. Em mercados livres, a estabilidade de preços, a níveis compatíveis com uma alocação ótima de recursos, só seria garantida com a existência de concorrência entre competidores de um mesmo mercado. A existência de monopólios ou oligopólios altamente concentrados ou de condutas anticompetitivas como a formação de cartéis levaria a situações de preços e lucros altos prejudicando a sociedade de forma geral. Ousaríamos dizer que a estabilidade é hoje um valor da sociedade brasileira como o é para o mundo desenvolvido de forma geral. Todos aprendemos os efeitos deletérios que a inflação acarreta para a economia e a sociedade, desorganizando a produção e empobrecendo ainda mais os menos favorecidos. Entretanto, curiosamente a sociedade brasileira não dá muito valor à defesa da concorrência; pior ainda, cai muitas vezes na armadilha de técnicos e políticos populistas que pregam a volta do controle de preços. Este texto busca explicar os fundamentos históricos dessa situação. Mostra que, a despeito de o CADE existir há 40 anos, pouco temos a nos orgulhar de sua história. Apenas a partir de 1994, com as reformas estruturais implantadas pelo Real e a nova Lei 8884, podemos dizer que se estabelece no Brasil a promoção e defesa da concorrência.

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Cómo citar
Considera, C. M. (2025). Uma breve história da economia política da defesa da concorrência. Revista Do IBRAC, 9(5), 3–34. Recuperado a partir de https://revista.ibrac.org.br/index.php/revista/article/view/692
Sección
Artigos para Revista do IBRAC
Biografía del autor/a

Claudio Monteiro Considera

Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Professor da Universidade Federal Fluminense e da Faculdade de Economia e Finanças do IBMECE